sábado, 27 de novembro de 2010

[Facção] Os não Arrebatados

"Não tomarás o nome de Deus em vão…"

Quando a miséria começou a tomar conta de tudo, a maioria dos religiosos perdeu a fé, não havia mais esperança, tudo ao redor era desgraça, o crime dominava, haviam pessoas passando fome na rua e o desemprego era absurdo, após isso quase ninguém mais se declarava religioso, muitos se tornaram ateus e outros criaram até um certo ódio contra o divino, colocando culpa em uma força maior pelo o que ocorreu.
Os religiosos que sobraram, foram os mais fervorosos de todos, e todos esse fervor evoluiu para um nível perigoso de fanatismo, formando os membros de uma facção conhecida como "Não Arrebatados", pouco se sabe sobre eles, apenas os próprios membros tem essas informações, e para entrar, é extremamente difícil, pessoas são submetidas a testes perigosos, a confiança em outras pessoas é algo que os não arrebatados com certeza não tem, a fé é o que os mantém firmes, os identificar é fácil, pois se vestem como monges, porém é um erro, achar que se deve mexer com algum deles, pois não hesitam em matar, seus mantos usam a anti-ótica, uma tecnologia que deixa transparente como vidro, aquele que o usa, apesar de não ser uma invisibilidade total, é o suficiente para que os membros dessa seita se aproximem discretamente, principalmente durante a noite, apesar de carregarem armas de fogo, dão preferência a armas cortantes, pois são mais silenciosas.
Os não arrebatados abominam médicos de rua, e apesar de usufruir de itens bastante tecnológicos, jamais usam tecnoimplante, pois consideram seus corpos sagrados, e uma profanação modificá-los. Orações são muito comuns entre os membros da seita, eles as fazem sempre que possível, inclusive quando acabam de matar alguém.Os membros de outras facções os temem, porque sabem que a morte não é temida por eles, já que crêem que Deus está pessoalmente ao lado de cada um deles, os guiando para quando forem finalmente arrebatados para o paraíso.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

[Personagens] Médicos de rua

"Quem precisa de garantia com um preço desses?"
Carlos Antonio - Médico de rua


Quando ocorreu a queda do governo, milhares de pessoas formadas ficaram desempregadas, a concorrência por um emprego era alta, ter um diploma não significava nada, e logo vieram os caçadores de recompensa, e não demorou muito para pessoas com habilidades cirúrgicas notarem que poderiam oferecer a esses caçadores algo mais, tecnoimplantes caríssimos por preços acessíveis e que ao mesmo tempo seria o ganha-pão.
As grandes corporações não gostavam nem um pouco disso e mandaram equipes especiais para vasculhar as ruas em busca de qualquer pessoa que estivesse fazendo operações ilegais e dar um sumiço, além é claro de começar uma campanha usando a TV e outdoors oferecendo recompensas a quem denunciasse. Os poucos médicos que tinham algum pequeno consultório para fazer as operações, logo foram presos, mas a partir daí surgiram os médicos urbanos com lugares escondidos, que só eram achados a partir de contatos e a possibilidade de serem denunciados era mínima devido a valorização dos clientes, que procuravam só informar o lugar a pessoas de confiança.
Porém mesmo com o perigo de serem mortos, o grande número de desempregados fez com que essa se tornasse uma profissão notável, era uma nova mania que se espalhava, e não demorou muito para qualquer um decidir aprender e se tornar um médico ambulante, porém isso trouxe consequencias, lógicamente não é qualquer um que pode fazer esse tipo de coisas, e erros começaram a surgir, pessoas perdendo membros do corpo por operações mal feitas e então vieram as revoltas, médicos eram mortos por caçadores de recompensas, sem dó alguma, muitos começaram a mostrar seus diplomas mas não demorou muito para surgirem os diplomas falsos e assim era impossível identificar quem era capacitado e quem não era, então ficou bastante perigoso seguir essa profissão, e assim a maioria dos médicos passou a usar o visual tradicional de médicos de rua, que é um sobretudo, ou algum tipo de roupa que cubra o corpo inteiro e máscaras, ambos a prova de balas, isso tornava menor a possibilidade de serem assassinados a sangue frio, sendo que também se tornaram mestres da fuga, instalando tecnoimplantes em seus corpos que lhes permitisse sair o mais rápido possível de algum lugar.
Apesar das roupas largas, médicos da rua costumam levar apenas uma mochila ou bolsa com alguns pequenos tecnoimplantes como olhos, dedos e orelhas, que podem ser instalados na hora, além do material cirúrgico é claro. Tecnoimplantes maiores como exoesqueletos são conseguidos com fornecedores locais, ou o próprio cliente já leva a peça que deseja instalar ou substituir.

domingo, 22 de agosto de 2010

[conto] Mortos não pagam dívidas

E então no congresso nacional surgia a figura daquela dama, muitos a observavam, ela não era como as outras ali presentes, havia algo diferente que chamava a atenção, não demorou muito para que os caçadores de recompensa ali presentes começassem a cantar a moça, mas ela não dava bola para ninguém, ia direto a um único homem, ele era conhecido como Carangueijo, um caçador de recompensas disposto a qualquer trabalho, e logo ele entendeu o que ela queria, os dois subiram para um dos quartos ali disponíveis e logo começaram as caricias, ele estava encantado com as linhas que desenhavam o corpo daquela mulher, era incrível, uma pele macia, um belo rosto, e naquela noite ela seria só dele.
Logo ele se deitou para observá-la se despir, seu sorriso era lindo, e seu corpo fazia os olhos não quererem piscar por nem um momento, quando ela ficou apenas de calcina e sutiã, ele se levantou e a abraçou, ele a observava nos olhos, sabia que não deveria beijar uma mulher que seguia o estilo de vida dela, mas para aquela ele abria uma exceção, não conseguia resistir, e então após o longo e quente beijo, ele disse:

-Como nunca te vi por aqui?
-Vai ver é porque é a primeira vez que apareço por aqui.
-E tudo isso é real?
-Como assim?
-Você sabe, uma deusa como você com um corpo desses, é tudo natural?
-Bom, na verdade não.
-Entendo, com peitos tão perfeitos como esses, seria mesmo difícil não ser silicone.
-Não, eles são reais, eu falo de tecnoimplantes.
-Hahahaha, uma gracinha como você com tecnoimplantes? E para que? Caçar recompensas?

Os dois rindo, se jogaram na cama e se beijaram por um breve momento, havia um clima especial, a vida naquele lugar estava fervendo e logo ela se jogando por cima dele, disse:

-Não, uma garota como eu não conseguiria fazer coisas assim.
-E então, que tecnoimplantes você aplicou? - Disse Carangueijo rindo e rolando para se jogar por cima dela, prendendo os braços da bela moça.
-Ah, nada demais, apenas uma arma interna no meu braço direito, um lançador no braço esquerdo, um exoesqueleto e é claro, um lança chamas.
-Uh! Que garota malvada, não quero nem imaginar onde está esse lança-chamas, só tem um problema gatinha, para alguém com tantos implantes, principalmente um exoesqueleto, você tem a pele macia demais, e nenhuma cicatriz ou indicio de tecnoimplantes, acho que terei que examinar todo esse corpo.

E assim ele foi descendo, beijando todo o corpo da moça, ele acariciava e ria, estava se divertindo com a situação, e como imaginava, ela não tinha nenhum tecnoimplante, não haviam cicatrizes, apenas um corpo perfeito, e logo começou a subir, a beijando novamente, até ficar olhando diretamente para o seu rosto, sentindo aquela respiração leve, e aquele hálito gostoso e único.

-Como eu disse, acho que a gatinha não tem nem indicio de alguma violação desse corpo, parece que terei que dar um jeito nisso, e agora, o que tem a dizer?
-Somente uma coisa...

Imediatamente o rosto dela se deslocou levemente para a frente, se dividindo em seis pedaços que se moveram para os lados, e por baixo do rosto, ele pôde ver vários pequenos círculos em uma placa de metal, a boca da moça se abriu e tanto dela quanto dos círculos, saiu uma labareda de fogo, queimando a cara de Carangueijo, que instintivamente se lançou para o lado, indo parar fora da cama, e sacando uma arma, apontando para a garota, e dizendo em meio a gemidos de dor:

-Sua puta! O que você fez?

Logo ele deu um tiro, acertando o braço dela, que se jogou para o lado oposto, pegou a cama com uma mão e a empurrou para cima do caçador de recompensas desnorteado. Antes que ele pudesse ter uma reação, sentiu a cama ser pressionada contra ele e ficou imóvel ao bater na parede, a garota realmente tinha um exoesqueleto, ela não teria uma força tão desumana, para conseguir jogar uma cama com uma mão e depois a pressionar contra um homem, o imobilizando na parede, se não tivesse um tecnoimplante do gênero, ele surpreso, sem poder se mover disse:

-Como é possível? Eu chequei as cicatrizes?
-É bom se sentir assim carangueijo? Sem saber o que está acontecendo? Deve estar morrendo de curiosidade sobre como não tenho cicatrizes, mas a resposta é óbvia, eu não pedi para um médico de rua fazer isso, foi feito em um lugar especializado.

Logo ele começava a entender e ao mesmo tempo a não entender nada, realmente trabalhos feitos por médicos de grandes empresas eram perfeitos, mas a pessoa tinha que ser extremamente rica para colocar aquilo, e se essa garota era rica o suficiente, por que estava perdendo tempo atrás de um caçador de recompensas como ele ao invés de mandar alguém? Essa não era a atitude de alguém rico.

-Quem é você? O que quer de mim sua vaca?
-Certamente você não me conhece, mas conheceu meu pai, um ano e meio atrás, um velho da 314 sul, você deu um tiro na cabeça dele e o lançou pela janela, depois ficou com os amigos bebendo e fazendo a festa a noite inteira no apartamento.
-Hahahaha a gatinha ficou nervosa? - Carangueijo tentava ganhar tempo e  enquanto isso batia a cabeça contra a parede tentando fazer seu olho esquerdo funcionar, pois esse era um tecnoimplante com visão térmica, mas estava danificado graças à baforada de fogo que tinha levado a pouco. - Mas como você conseguiu tanta grana pra fazer esses tecnoimplantes? Eu fui contratado pra matar aquele velho por estar afundado nas dívidas, duvido que a filhinha dele fosse podre de rica.
-Eu sabia disso, mas tinha que me aproximar, por isso financiei, eu sei que é a mesma coisa que vender a alma para o diabo, mas para te dar o troco, isso vai valer a pena.

Nesse momento o olho voltou a funcionar, e ele pôde ver o calor sendo desenhado por trás do colchão da cama, estava claro o formato da garota empurrando com apenas um braço, para prendê-lo, apesar de seu rosto estar virado para o lado, ele tinha uma noção de sua posição, e começou a movimentar com dificuldade a sua arma. A garota logo disse:

-Quais as suas últimas palavras babaca?
-Nunca fale demais com sua caça

E dois tiros foram dados, atravessando o colchão e acertando o estômago da garota, ela deu dois passos para trás, soltando a cama,  nesse momento, o caçador se jogou para o lado, dando mais um tiro e correndo para a porta, mas a garota no chão rapidamente apontou para ele o seu braço direito. o seu pulso se dobrou para trás como se fosse uma tampa, jogando a mão para cima do braço, e foi revelada a arma ali instalada, um potente tiro foi dado em cheio no pé do caçador, que caiu violentamente para frente. Ele deu um berro de dor, e logo apontou a arma descarregando o cartucho, ela deu um grito e parou de se mover.

-Vadia filha da puta! Ahhhh

Ele se arrastava para a porta, sabia que era improvável que alguém fosse ali ajudar, eram comuns os mal entendidos naquele lugar, mas sentia que conseguiria, ao se aproximar o suficiente, começou a escalar até a maçaneta com muita dor, e então quando finalmente ficou em pé, e ia abrir a porta, ouviu um som de algo atrás dele sendo ativado, e antes que pudesse se virar, ouviu o som de algo cortando o ar com velocidade e viu do seu ombro, uma ponta de ferro saindo, ele deu um berro de dor com aquilo que acabava de entrar no seu corpo, mas logo sentiu um puxão e vários ossos sendo deslocados ao voltar com velocidade em direção à mulher, ela tinha uma corda dentro do outro braço, com uma ponta bem afiada, e tinha acabado de usar para puxá-lo. Seu corpo caiu no chão perto dela com um forte baque, os dois soltaram gemidos de dor, e por um breve momento pararam para recuperar o fôlego, mas ela quebrou o silêncio dizendo:

-Sabe outro motivo de eu ter vendido minha alma pra essas empresas? Eu desde o início não acreditava que fosse sair viva daqui, e mortos não pagam dívidas.

O caçador de recompensas olhou para ela a tempo de ver em sua mão o pequeno controle de explosivo com um botão sendo apertado. As chamas tomaram conta daquele quarto, logo alguém foi ver o que aconteceu, mas não haviam mais vestígios da vida naquele lugar...

[FIM]

sábado, 21 de agosto de 2010

[Lugar] Congresso Nacional

Após a queda do governo, uma legião de pessoas de todo o país ficou desorientada, e sem saber direito o que iriam fazer, muitos vieram a Brasília, as revoltas foram enormes, o congresso nacional passou a ser um lugar de freqüentes ataques da população, mas não demorou muito para perceberem que não havia mais regras, e logo as mortes começaram, alguns políticos foram enforcados a sangue frio, chocando a população da época, que apesar de revoltada, não imaginava que a situação chegaria a tal ponto.
Por um certo tempo os ataques pararam, as pessoas tentaram seguir suas vidas sem rumo, mas logo perceberam que o mundo só ficava pior, e de vez em quando, o congresso era atacado de variadas maneiras, bombas, incêndios, pichações e inúmeras outras formas...
Porém uma estrutura tão grande e abandonada, também era a casa de moradores de rua e bandidos, gangues usavam o local como ponto de encontro, drogas, armas, tudo podia ser conseguido ali, e cada vez mais o congresso foi se tornando o que é hoje, uma grande feira de tudo que já foi proibido um dia, não é qualquer um que entra lá dentro despreocupado, e quem entra, tem que saber muito bem o que quer, e ter grana, se alguém aparentemente fraco entra ali desprevenido, pode acabar sendo apagado, o mercado negro de orgãos gera uma boa grana.
A câmara dos deputados, ou como é melhor conhecida, a bacia virada para cima teve um pedaço que desmoronou em um ataque com bombas, mas é usada por médicos de rua para fazer operações em quem desejar se arriscar, como há uma grande quantidade de caçadores de recompensas, os médicos do local sempre estão com sucata para implantar nos pacientes, e também negociam bastante, também reparam qualquer dano que algum caçador de recompensa sofrer, tudo pelo seu preço, é claro.
O senado federal, a bacia virada para baixo, virou um grande bar de bandidos, onde as vozes podem ser ouvidas, é um dos melhores lugares da cidade para se conseguir alguma informações, strippers dançam 24 horas, a bebida nunca para de ser servida, às vezes há brigas e mortes, mas ninguém liga, sempre há caçadores de recompensa disponíveis para serem contratados, assim como informações para serem vendidas.
O grande H é o mais alto puteiro da cidade, centenas de putas sedentas por clientes estão em cada andar desse prédio, mas também muita munição e qualquer outro produto que se queira comprar, pode ser achado ali, basta ter dinheiro e coragem.
Esse, é o congresso nacional, onde os maiores bandidos da cidade se unem para reinar sobre o sangue dos fracos...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Brasília - Ano 2112

Há três décadas atrás, houve uma grande guerra envolvendo vários países, essa guerra custou muitas vidas e causou muita destruição, fazendo com que vários governos do mundo caíssem, e a miséria reinasse.
Não havia mais serviço público, as ruas se tornaram sujas, ninguém mais limpava, com a falta de policiais, as ruas se tornaram mais perigosas do que nunca, um lugar sem leis onde todos podiam fazer o que conseguissem. Porém grandes corporações estavam tão poderosas, que não precisavam de um governo, podiam se manter sozinhas, mas para isso tinham que continuar oferecendo seus serviços, e assim assumiram o controle de tudo, e ofereceram alguns dos serviços que as fariam lucrar, como internet e TV a cabo, começava assim a corrida da tecnologia, empresas sabiam que as mais fortes sobreviveriam e precisavam estar sempre a frente das outras, a inteligência artificial passou a ser comum, computadores começaram a ser conectados à mente. Os direitos humanos não existiam mais, não apenas animais, mas também pessoas eram pegas para que testes fossem feitos, e podiam pegar qualquer um, haviam muitas pessoas vivendo na miséria que ninguém nunca notaria o desaparecimento, após os testes, essas pessoas eram simplesmente jogadas nas ruas, porém nem sempre eram algo que poderia ser considerar humano, mas sim coisas... E assim surgiam as aberrações, variam bastante, são inúmeras experiências feitas, hoje em dia podem ser encontradas em locais escuros da cidade, qualquer um pode ser atacado, essas coisas estão lá fora, sem nada a perder.
Naturalmente em um mundo onde se é tão difícil a vida, surgiram pessoas dispostas a fazer tudo para sobreviver, os caçadores de recompensa, eles fazem qualquer trabalho perigoso, é fácil achar um, há muitos amadores, porém também há aqueles que fazem sua história nas ruas, qualquer um pode invadir casa a qualquer momento, e finalizar o trabalho que estavam designados, o medo tomou as ruas, porém não é o que se pode chamar de trabalho fácil, até para caçadores de recompensas, o mundo é perigoso, com o constante perigos, as pessoas passaram a obter armas, por isso não apenas adultos, mas também crianças são encontradas freqüentemente com pistolas, metralhadoras, facas, cutelos, espadas, e qualquer outra coisa capaz de fazer um estrago. E para facilitar os serviços, precisam ser melhores que as outras pessoas, uma opção adotada bastante, são os implantes desenvolvidos pelas grandes empresas, é possível substituir um olho comum, por uma versão com visão noturna por exemplo, para se esgueirar nas sombras, ou visão de calor para ver qualquer movimento de um ser vivo no local. Mas um implante custa muito caro e vários caçadores optam por se arriscar a fazer uma operação clandestina, pode se encontrar em vários pontos de Brasília, pessoas que as fazem, mas o barato pode sair muito caro, não existe garantia alguma nem higiene necessária, ao se fazer uma operação dessas, o que pode acabar custando, um braço, uma perna, ou até mesmo a vida da pessoa, portanto fazer esse tipo de implante é algo a se pensar.
Os ricos vivem em áreas isoladas, há seguranças particulares que defendem alguns pontos, pagos pelas empresas, moradores áreas pobres podem optar por receber proteção de gangues, mas não é nada profissional, e há também áreas que foram completamente destruídas. Estamos no ano de 2112, seja bem vindo a Brasília, a capital dos destroços.